terça-feira, 28 de junho de 2016

Vinte e oito de junho

Eu não lembro direito do que aconteceu, mas lembro de estar em casa.

Não.

Eu estava na casa de minha mãe conversando com pessoas, falando sobre algo importante. Em meio a conversas e discussões o barulho de uma campainha.

Não.

Eram batidas na porta. Constantes. Eu meio perdido, meio confuso de deixar as pessoas de lado, vou atender. Abro a porta e sol brilha forte. Eu logo reconhece você.

Não.

Eu fui te descobrindo com o olhar. Você estava de lado e olhava para o chão. Conforme se mexia e volta o olhar para minha direção, eu ia percebendo o teu brilho ou era o sol? Não importa, era intenso. Sorrimos um para o outro.

Não.

Você com a mão no cabelo, olhar tímido e sorriso encabulado. Eu sorrio também e conversamos com olhares. Sem palavras. Só sorrisos. Você entrou e nada mais importou.

Não.

Eu te convidei para entrar, mas antes que você respondesse ou entrasse... eu acordei.