quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dezoito de Maio

Eu falava com ela por telefone. Ele me dizia algumas coisas, mas me disse que apareceria num programa. Ansioso fiquei a espera do programa. Vi de relance seus rosto e sorriso, era pouco tempo para o tanto que queria vê-la.

Comecei uma caminhada por um cidade que só existe no irreal. Ela era a justa mescla de lembranças do passado e do presente. Por uma rua que só eu sabia onde era e para onde iria eu encontrei ela de bicicleta e corri atrás. Acompanhei ela e conversamos coisas simples. Lhe falei que estava bonita e que era ótimo tê-la aqui. Andamos um pouco juntos e ouvi outros amigos se aproximarem. Eram meus amigos do teatro. Eles juntos cantavam. Quando pararam na entrada de uma ponte, um deles procurava saber uma outra música para cantar, como eu estava por perto cantei. Era "Transfiguração" do Cordel de Fogo Encantado. Percebi de relance que tu não parou comigo, mas continuou pela estrada, e não pela ponte.

De imediato corri para seu lado e perguntei onde iria. "Vou seguir" você me falou e se foi. Antes de se afastar, antes de eu pudesse reagir, eu acordei.

Agora lembro que não vi seu rosto nenhuma vez.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Dezessete de Maio

Eu estava na praça de minha cidade natal. O dia estava ensolarado. Eu corri até a escola onde meu irmão estudava quando jovem e procurei por algo ou alguém. Senti que o mundo era claro e tudo estava em certa paz. Vi crianças que passavam por mim sorrindo. Subi para o segundo andar e sem encontrar quem procurava continuei. Conversei com pessoas, sem saber quem era e sem saber o que falava. Satisfeito com o assunto irrelevante, sai da escola sem encontrar quem procurava.

Voltei a praça. Encontrei meu pai e minha madrasta. Conversamos brevemente sobre a vida. Agora lembrava o que devia fazer. Eu devia apresentar meu espetáculo solo ali na praça para todos verem. Seguimos procurando o melhor lugar possível. Encontramos um espaço circular que servia perfeitamente ao nosso propósito. Ali era amplo, com o chão misturado de grama e concreto e estranhamente aconchegante. O sol dava aquele lugar uma sensação de paz e tranquilidade. Ali era o local ideal.

Quando tudo estava decidido e uma conversa estava se desenrolando entre meu pai e eu, tudo mudou. Pois era hora de acordar.